A Espanha venceu hoje Portugal por 4-2 e sagrou-se tri-campeã europeia. No que toca à nossa selecção todos os elogios serão poucos para descrever a sua prestação no Europeu. Não importa nada quem não pode estar presente, é pouco relevante quais os adversários que defrontámos e até o resultado desta final passe para segundo plano, quando pensamos no enorme coração lusitano que estes jogadores mostraram nestes 12 dias.
Hoje na primeira final da história da nossa selecção, alguns erros no passe originaram que o marcador desse uma vantagem de 3-0 favorável aos espanhóis nos últimos 3 minutos. Orlando apostou em Israel como guarda-redes avançado e, Gonçalo e Joel, fizeram questão de manter aceso o sonho de todos os portugueses.Faltavam 1:40's para se jogar e estávamos a um golo de continuar a escrever história em tons de dourado. Mas um lançamento de Amado para Daniel acabaram por esmagar de forma cruel a ambição deste grupo de enormes jogadores.
Diga-se que a Espanha mostrou que a sua classe não tem neste momento paralelo, conseguiram durante largos períodos manter os jogadores portugueses longe da sua baliza. Para além disso a nível ofensivo obrigaram Bébé a uma exibição simplesmente assombrosa, mas tudo isto apenas chegou para equilibrar com o coração português.
Naturalmente que não era esta a crónica que gostávamos de escrever, o 0-2 com que se chegou ao intervalo é fruto de um passe infeliz de pedro Costa (1º golo) e de um lance de génio de Javi Rodriguez que com um remate de calcanhar na posição de pivot surpreendeu tudo e todos no segundo tento.Durante quase todo o segundo tempo, a única equipa a procurar o golo foi Portugal, os espanhóis abdicaram da habitual pressão, orientando o jogo para o aproveitamento dos erros portugueses. Foi assim que chegou ao terceiro golo num lance em que fica a ideia de uma falta de Fernandão sobre Gonçalo, antes de um passe errado de Cardinal que possibilitou a Lin uma conclusão fácil.Pelo meio ficam algumas boas oportunidades de Cardinal e um lance que devia ter alterado a história do desafio. Leitão num momento de génio surpreendeu Amado com um chapéu, caprichosamente a bola vai ao poste e Pedro Costa na recarga remata para uma defesa de Amado que numa das repetições dá a ideia de defender dentro da baliza.
A partir daqui foi o 5 para 4 português e a desilusão de não termos conseguido vingar a derrota de Gondomar, com os mesmos condimentos.
No europeu de 2007 a superioridade de Portugal sobre Espanha foi uma evidência, hoje isso não aconteceu, mas demos mais um passo no encurtar de distâncias que ainda separam as duas formações.
A partir de hoje Portugal já tem experiência em finais e só estando nas finais é que aparecem os títulos.
A única certeza foi feita história
Fonte: Futsal Portugal
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