Já se sabia que hoje o talento dos jogadores do Sporting por si só, não seria suficiente para garantir a passagem à final. Era preciso que a sua inteligência, capacidade de sofrimento e coração, complementassem na perfeição esse seu talento inquestionável.
A partida acabou por espelhar na perfeição o que acabámos de dizer e hoje todos os elementos do Sporting estiveram à altura do desafio e acabaram por elevar o clube ao momento mais alto da sua história, com uma merecida vitória por 3-2.
Já o dissemos não foi uma tarefa fácil, o Kairat valorizou muito este triunfo e diga-se em abono da verdade que existiram mesmo períodos em que a formação da casa foi superior ao conjunto português.
No entanto, não é menos verdade que esses períodos foram menores do que aqueles em que a formação de Orlando Duarte esteve melhor, para além disso o Sporting foi competente em todos os momentos da partida, resistindo mesmo a uma eventual baixa de confiança por ver fugir uma vantagem de dois golos.
Mas vamos por partes, o Sporting entrou melhor. Pertenceram-lhe as primeiras oportunidades de golo com destaque para uma transição em 3 para 2 concluída por Deo.
Só aos 8 minutos surgiu o primeiro remate digno de registo por parte dos homens da casa. Um minuto volvido e novo momento do Kairat, desta feita com Cristiano a brilhar a alto nível.
Estas duas situações não intimidaram o Sporting que teve uma resposta muito forte, novamente com Deo a ter o golo nos pés e depois com Leitão a enviar a bola à barra.
O final do primeiro tempo acabou por ser de ascendente dos homens do Cazaquistão. Mesmo assim as melhores oportunidades foram para os leões com Leitão e Cary a estarem novamente perto de abrir o activo.
Só que o primeiro tempo acabou mesmo sem golos e as grandes emoções ficaram reservadas para a segunda parte.
Aqui foi o tal talento dos jogadores do Sporting a vir ao de cima. Dois momentos fabulosos de inspiração ditaram dois golos e colocaram o Sporting muito perto do objectivo.
Primeiro foi Divanei na conversão de um livre directo, fazendo a bola contornar a barreira e entrar ao primeiro poste. Um golo que parece ser a repetição de outro que marcou para o campeonato frente à Fundação Jorge Antunes. Depois foi a vez de Caio brilhar, muito bem a mudança de pés para retirar o seu opositor da frente e depois com o pé esquerdo desferiu uma bomba ao ângulo.
O Sporting estava muito perto do seu objectivo, principalmente porque também em matéria defensiva se mostrava bastante rigoroso. Mérito também nesta fase para Cristiano que defendeu tudo o que havia para defender. Mas a 6 minutos do final, um minuto de desconto pareceu abanar um pouco com essa solidez, naturalmente que o minuto não terá tido uma influencia tão directa nessa quebra mas a verdade é que a vantagem acabou por ser eliminada em breves minutos com um bis de Leo Santana.
Mais uma vez foi a coragem destes jogadores que falou mais alto, o Sporting foi de novo para cima do Kairat e Marcelinho fabricou o golo de Caio que vale o apuramento para a final. O Kairat ainda tentou o 5 para 4, mas novamente o Sporting foi mais competente. Notável o descernimento na altura de conservar a bola, pecando apenas por não ter morto o jogo numa das boas ocasiões de que dispôs.
O Sporting escreveu história, falta agora saber se o opositor na final será o Benfica ou o Montesilvano. Todos os que amam o futsal português já sabem há muito tempo qual a final desejada, vamos então esperar mais um pouco e continuar a sonhar...
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