Caiu por terra o sonho de ver duas equipas portuguesas marcarem presença na final da UEFA Cup. Se o Sporting cumpriu a sua parte, já o Benfica foi menos feliz e saiu derrotado por um Montesilvano que apostou claramente no erro do adversário, estratégia que acabaria por dar os seus frutos.
Entrou melhor a formação portuguesa que dispôs das primeira situações de perigo, com Arnaldo a colocar à prova a atenção de Mammarella desde muito cedo. Descontente com a prestação da sua equipa, Fulvio Colini pediu o seu tempo técnico para corrigir posições ainda no decorrer do primeiro minuto. Aos poucos os italianos começaram a equilibrar, tapando os espaços de penetração ao Benfica com o rigor defensivo característico nas equipas transalpinas.
Talvez por isso não seja de estranhar que ao intervalo se registasse um nulo no marcador, não sem que antes Joel Queirós tenha tido nos pés aquele que poderá ter sido o lance-chave do jogo. O internacional português desperdiçou um livre de dez metros a escassos 18 segundos do final da primeira parte.
Ao contrário do que havia feito no início dos primeiros vinte minutos, o Benfica entrou mal na etapa complementar e permitiu muito cedo o golo inaugural do Montesilvano. Leandro Cuzzolino deixou o aviso no primeiro minuto, ao obrigar Vítor Hugo a defesa apertada, mas no minuto seguinte foi mais eficaz e concluiu com arte um contra-ataque rápido dos italianos. Os campeões europeus demoraram a reagir à desvantagem e só aos 26' se acercaram de novo com perigo da baliza de Mammarella, quando Diece combinou com Davi e acertou nas malhas laterais da baliza.
A desinspiração colectiva do Benfica, que acabou por cair na teia montada pelo Montesilvano, equipa cínica que soube sempre quebrar os ritmos de jogo, fazia antever o pior. E o encontro ficou praticamente sentenciado quando Borruto concluiu um novo contra-ataque, ampliando a vantagem dos italianos que pouco ou nada tinham feito por isso.
Paulo Fernandes fez o que lhe competia e arriscou o 5x4 com Diego Sol como guarda-redes avançado, mas o Benfica nunca revelou paciência necessária para poder dar a volta ao marcador, acabando mesmo por sofrer o terceiro golo, da autoria do guarda-redes Mammarella com um pontapé desde a sua área. A infelicidade encarnada acabaria por ficar personificada no lance quase de imediato quando a bola, a remate de Diece, embateu duas vezes no poste da baliza italiana e acabou por ressaltar para as mãos do guardião do Montesilvano.
Resta ao Benfica lutar pela terceira posição, diante dos cazaques do Kairat Almaty, em partida agendada para o próximo domingo, a partir das 10h30 de Portugal Continental. Diece estava em risco e viu o cartão amarelo esta tarde, o que faz com que fique de fora do jogo que dá acesso ao último lugar do pódio.
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